Saúde

Como seu corpo reage às calorias

Diz a lenda que para emagrecer basta comer menos calorias… mas as coisas não são tão simples assim: Nosso corpo é um sistema biológico complexo, e alimentos diferentes seguem caminhos diferentes. Por isso, uma caloria ingerida é diferente dependendo da fonte: uma caloria de batata é diferente de uma caloria de couve ou de uma caloria sorvete.

Além disso, os alimentos são compostos por diferentes nutrientes, que tem variados efeitos em hormônios e centros cerebrais que controlam a fome e nossa alimentação no geral. Vamos falar então nos efeitos que cada tipo de alimento tem no nosso corpo. Começando pelos Carboidratos!

Carboidratos

Apesar de muita discussão entre cientistas, existe 1 grande consenso: carboidratos refinados como pães brancos e açúcar engordam, e muito! Isso porque estes alimentos, além de conterem pouquíssimas fibras, são formados basicamente por moléculas pequenas de açúcar, que são absorvidas muito rapidamente pelo nosso organismo. A rapidez com que o açúcar entra no sangue é chamado de índice glicêmico. E a consequência: picos e quedas abruptas nos níveis de açúcar no nosso sangue depois de comermos um prato de macarrão, por exemplo.

E o pior: para aproveitar esta bomba de energia, nosso corpo a armazena em forma de gordura. Assim que esta onda energética passa, sentimos vontade de comer mais. Criando um círculo vicioso. Uma saída natural para evitar este processo é procurar alimentos pobres em carboidratos, como carnes magras ou vegetais. Ou então, carboidratos ricos em fibras, como arroz, pães e massas integrais. Isso porque as fibras controlam a quantidade de açúcar que entra no seu sistema, diminuindo assim os picos de açúcar no seu sangue.

Proteínas

pessoas que emagreceram com low carbOk, e as proteínas? As proteínas são muito importantes para nosso organismo: A proteína da nossa alimentação é a matéria prima para os nossos músculos: na digestão, ela é processada para formar os feixes musculares. Para o nosso corpo, manter a musculatura exige uma quantidade de energia relativamente grande.

Por isso, uma dieta rica em proteína garante uma maior queima calórica, mesmo sem exercício. Além disso, a própria digestão das proteínas demanda energia extra do corpo. Isto porque o ciclo metabólico da proteína é menos eficiente: o que significa que a cada 100 calorias de origem proteica, o corpo utiliza 25 para metabolizar a própria proteína ingerida. Ou seja: de cada 100 calorias de proteína que ingerimos, nosso corpo absorve apenas 75. Mas cuidado com o churrasco e aquele bife à milanesa: para perder peso prefira carnes magras e de preferência grelhadas.

E as gorduras, por tanto tempo grandes vilãs do emagrecimento? Estudos recentes provaram a importância de comer alimentos ricos em gorduras saudáveis, como salmão, castanhas ou azeite de oliva. Tudo bem, não é qualquer gordura que é aliada em uma dieta de perda de peso: por exemplo, bacon e nata têm muita calorias e colesterol, além de poucos nutrientes. Por outro lado, uma pesquisa feita em Harvard mostrou perda de peso significativa em pessoas com dietas ricas em gorduras saudáveis e pobres em carboidratos.

Além de aumentar a sensação de saciedade e ajudar na perda de peso, elas fornecem ácidos graxos importantes para o corpo. Por sinal, muitos estudos apontam que alimentos gordurosos como abacates e óleo de coco auxiliam na perda de gordura abdominal.

E assim voltamos ao início desta postagem: Nosso corpo é realmente um sistema muito mais complexo do que uma simples calculadora de entrada e saída de calorias. E fica claro que quando se fala em metabolismo e regulação de apetite, 1 caloria de carboidratos é completamente diferente de 1 caloria de proteína ou gordura.

Por isso, lembre-se: o cuidado em selecionar o tipo de alimento que ingerimos dá muito mais resultado do que simplesmente ficar contando e cortando calorias. Tanto para o seu peso quanto para sua saúde.

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